Aquilo que o corpo já esqueceu
Centro Cultural Franco Moçambicano | Maputo
Introdução
Primeira exposição individual de escultura do artista Moçambicano Luís Santos, com curadoria de Sara Carneiro, patente de 01 de Outubro a 13 de Dezembro 2019, na Sala de exposições do CCFM, apresentando a mais recente linha de produção escultórica do artista.
Conceito
“Aquilo que o corpo já esqueceu” é a primeira exposição individual do artista Moçambicano Luís Santos. Com a curadoria de Sara Carneiro, a exposição apresenta a linha produção de escultura realizada pelo artista neste último ano.
Numa constante exploração de formas e linhas, influenciado pelos elementos naturais e arquitectónicos que o rodeiam, Luís Santos constrói organismos complexos que se estendem, cruzam, multiplicam, fecham e pulsam. Impressionantes pelo detalhe e pela agilidade técnica que entrelaça madeira com palha e ferro com cimento, as esculturas olham-nos como criaturas de um mundo fantástico e selvagem. Confrontam-nos com um sentimento de familiaridade e estranheza e, pedem pela nossa interacção e pelo nosso olhar curioso.
No seu imaginário, o artista manifesta inquietações sobre o descompasso entre o Homem e a Natureza. Questiona os padrões socialmente estabelecidos que agravam o fosso entre a Humanidade e a sua origem, e evoca um senso místico no contraste dos membros orgânicos com os planos rígidos das esculturas, “Aquilo que o corpo já esqueceu” lembra-nos da urgência de sair das sociedades de cimento e conectar com o que nos é mais elementar.
Sara Carneiro
(Curadora da exposição “Aquilo que o corpo já esqueceu” de Luís Santos)
Obras
Água e sal, garrafão de vidro, madeira, chapa de ferro, varão de fero, arame galvanizado, 70 x 75 x 95 cm, 2019
A Pedra, óleo s/ tela, madeira, cimento, arame queimado, 70 x 65 x 14 cm, 2019
Alienígena, pedra, madeira, cimento, arame galvanizado, varão de ferro, 75 x 60 x 130 cm, 2018
Edificium #2: Quando olho para mim, cimento, madeira, chapa de zinco, arame queimado, 90 x 47 x 193 cm, 2018
Organismo #3, madeira de pinho, cada 142 x 9,2 x 9,2 cm, 2019
As flores não são crianças, cerâmica, madeira e arame galvanizado, 15 x 13 x 18 cm, 2019
Ouve, cerâmica, madeira, folha de serra, varão de ferro, 19 x 21 x 19 cm, 2018
O Bode, óleo s/ tela, madeira, cimento, pregos, 44 x 10 x 48 cm, 2019
Lugar de ninguém #2, chapa de ferro, 24 x 60 x 20 cm, 2019
Desabrigo, madeira, cimento, palha, linha vermelha, 50 x 50 x 210 cm, 2017
O cão, óleo s/ tela, madeira, cimento, apoio de motor, chapa de ferro, pregos, dobradiças, 110 x 80 x 20 cm, 2019
Ngwenha, madeira de xanfuta e lâmina de aço, 55 x 26 x 40 cm, 2019
Na planta dos meus pés, madeira de canhoeiro, palha, cerâmica, 80 x 45 x 86 cm, 2019
All I see, all I don’t, madeira, cimento, arame queimado, cerâmica, ferro, 86 x 42 30 cm, 2018
Templo, madeira de canhoeiro, pinho, xanfuta, jambire, varão roscado de aço, palha, 90 x 90 x 220 cm, 2019
Informação
Exposição patente de 01 de Outubro a 13 de Dezembro 2019, na Sala de exposições do CCFM.