Mário Macilau
Fotografia
Introdução
Mário Macilau (Maputo, 1984) vive e trabalha entre Maputo e Lisboa (Portugal). Após a independência e durante a Guerra Civil em Moçambique a sua família passou grandes dificuldades financeiras e mudou-se da província de Inhambane para Maputo à procura de uma vida melhor. Com 10 anos, Macilau começou a trabalhar num mercado para ajudar o sustento da família. Em 2003, Macilau iniciou a sua atividade fotográfica e em2007, lançou-se como fotógrafo profissional.
Percurso Artístico
Poucos anos depois, o seu talento atravessou fronteiras, tendo o fotógrafo sido galardoado com diversos prémios internacionais de relevo, viajado muito e visto o seu trabalho publicado em algumas das mais prestigiadas galerias, feiras de arte e exposições por todo o mundo. A sua fotografia destaca a identidade, questões políticas e condições ambientais, trabalhando, por vezes, com grupos socialmente isolados, para sensibilizar o seu público não apenas das muitas injustiças e desigualdades sociais no mundo, mas também para mostrar histórias de humanidade, irmandade, vitória, amor e esperança. Com frequência, o retrato é o seu ponto de partida, sendo a sua abordagem instrumental para a revelação de uma perspetiva mais ampla. Em 2015, foi publicado o seu primeiro livro de grade formato pela a editora alemã Kehrer Verlag, contando com contribuições escritas de Roger Ballen, Mia Couto, Simon Njami e Olivia Nitis, bem como uma entrevista conduzida por Gabriela Salgado. O livro apresenta o seu projeto a longo prazo com as crianças de rua de Maputo, tendo o fotógrafo convivido com elas, por forma a obter um conhecimento profundo da sua realidade.
Reconhecimento
Vencedor de diversos prémios em que se destacam:
2011 Prémio da Fundação EVTZ, Alemanha;
2011 Prémio Santa Lucia, Espanha;
2011 Prémio AECID para criação;
2011 Prémio de Talento, Embaixada Francesa, Maputo;
2012 Primeiro prémio do Projeto de Proteção em Washington D.C., EUA. O fotógrafo foi convidado a participar num programa de direitos humanos em conjunto com o Gabinete das Nações Unidas, a World Press Photo e a Universal Rights Group (2016).
Macilau foi ainda eleito pela revista Foreign Policy como um dos “100 Leading Global Thinkers”, numa cerimónia em Washington D.C. (2015), Lens Cultures em 2017 e o prémio francês Denis Diderot, 2019.