Centro Cultural Franco Moçambicano

Introdução

Inaugurado em 1995 sobre as ruínas do antigo Hotel Clube construído em 1896, o Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM) é certamente um dos mais belos edifícios que compõem a rede cultural Francesa no estrangeiro, com um estilo emblemático de arquitectura em ferro herdado da época vitoriana, que o destaca no conjunto de edifícios classificados como património cultural e arquitectónico de Moçambique. Centro binacional sob gestão da dupla tutela do Ministério da Cultura e Turismo de Moçambique e da Embaixada de França em Moçambique, o CCFM tem como principal vocação a promoção e a valorização da cultura Moçambicana contemporânea e a difusão das culturas Francófonas e da língua Francesa em Moçambique. O CCFM estende-se por uma superfície de 10 000 m2, que inclui uma grande sala de espectáculos de 650 lugares, um auditório de 144 lugares, uma sala de exposições, uma mediateca, um jardim com um palco exterior, um centro de línguas, bem como uma área de residência temporária para artistas.  

Visão

Incentivar encontros, intercâmbios, criações e colaborações entre artistas Moçambicanos, Africanos, Francófonos e Lusófonos, com particular foco na região da África Austral e na região do Oceano Índico; Contribuir para a difusão, promoção e visibilidade das artes e culturas Moçambicanas na região Austral, em África e no mundo.  

Missão

Incentivar e apoiar a criação Moçambicana em todas as suas formas artísticas (artes visuais, dança, teatro, cinema, música, multidisciplinar); Proporcionar e fomentar a colaboração, cooperação e intercâmbio entre culturas; Promover o ensino da língua Francesa e a difusão das culturas Francófonas.  

Historial

O Centro Cultural Franco-Moçambicano apresenta-se como o primeiro operador cultural de Moçambique, sendo reconhecido junto do público pela qualidade da sua programação e das suas instalações técnicas. Tendo como prioridade a promoção e divulgação do trabalho de artistas Moçambicanos, tem uma média de 300 eventos por ano (música, dança, teatro, cinema, multidisciplinar, exposições, debates, conferências, workshops, lançamento de livros, actividades para crianças, etc.) e o acolhimento de cerca de 50.000 pessoas por ano (dados até 2019), recebendo artistas de todo o continente africano e de várias partes do mundo, sobretudo para a criação de relações de colaboração com os artistas locais.  

Artistas

Pelo CCFM têm passado artistas de várias disciplinas artísticas tais como: MÚSICA: Chico António, Mingas, Ghorwane, Roberto Chitsondzo, TRKZ, Tiago Correia-Paulo, Azagaia, Deltino Guerreiro, Assa Matusse, Lenna Bahule, Nandele Maguni, Radjha Ali, Ivan Mazuze, Timbila Muzimba, TP50, Hortêncio Langa, Bongeziwe Mabandla (SA), BCUC (SA), Flávia Coelho (BR/FR), Naâman (FR), Lura (CV), Elida Almeida (CV), Totó (ANG), etc. DANÇA: Panaibra Canda, Horácio Macuácua, Janeth Mulapha, Edna Jaime, Ídio Chichava, Pak Ndjamena, Adriana Jamisse, Kátia Manjate, Domingos Bié, Marlene Monteiro Freitas (CV/PT), João dos Santos Martins (PT), Vera Mantero (PT), Cia. Olga Roriz (PT), etc. TEATRO: Ana Magaia, Josefina Massango, Elliot Alex, Rogério Manjate, Rita Couto, Venâncio Calisto, Horácio Guiamba, Lucrécia Paco, Gigliola Zacara, Victor de Oliveira, Manuela Soeiro, etc. ARTES VISUAIS: Gonçalo Mabunda, Mauro Pinto, Mauro Vombe, Bocarras, Luís Santos, Vasco Manhiça, Butcheca, Carmen, Ndlozy, Saranga, Ídasse, Yassmin Forte, Amilton Neves, Ricardo Pinto Jorge, Nelsa Guambe, Jorge Dias, Gemuce, Ricardo Franco (PT/MZ), Jane Ladan (MAU), João de Azevedo (PT), Aurore Vinot (FR), Vitshois Mwilambwe Bondo (CG), Fransix Tenda (CG), etc.  

Exposições

Desde a sua fundação, em 1995, o CCFM realizou centenas de exposições exibindo o trabalho de inúmeros artistas consagrados e emergentes da cena artística local e internacional. Destacamos abaixo as exposições mais recentes: O NOVO NORMAL: Exposição de Pintura de Vasco Manhiça com curadoria de Rafael Mouzinho, de 08 Junho a 31 de Julho 2021, Sala de exposições do CCFM. Sétima exposição individual do artista plástico Moçambicano Vasco Manhiça que traz questões sobre o impacto da COVID-19 na esfera económica, política e sócio-cultural, demonstrando que a Humanidade nos últimos tempos aprendeu novas formas de estar em sociedade. THE GHOST OF PRAÇA DE TOUROS: Exposição de Fotografia de Bocarras, de 04 de Maio a 31 de Maio 2021, Jardim e Salas de exposições do CCFM e CCMA. Exposição individual de Bocarras, fotógrafo Moçambicano residente em Berlim, que traz um registo fotográfico da Praça de Touros de Maputo capturando o tempo suspenso deste lugar, agora vazio evocando os “fantasmas” da história de um passado colonial. Uma parceria entre o CCFM e o CCMA. ROMPENDO FRONTEIRAS: CONGO – MOÇAMBIQUE de Vitshois Mwilambwe Bondo e Fransix Tenda (RDCongo), inauguração a 30 de Março 2021 nas plataformas online Facebook e Youtube do CCFM. Uma interrogração sobre que formas vamos encontrar para romper as barreiras que dificultam a comunicação e intercâmbio entre artistas de diferentes países em tempos de pandemia. Os artistas congoleses Vitshois Mwilambwe Bondo e Fransix Tenda Lombo exploram questões sobre o encontro e o diálogo, reflectindo a negação de fronteiras físicas e/ou simbólicas. Esta iniciativa pretende marcar o início de uma série de intercâmbios entre artistas moçambicanos e congoleses facilitados pela Galeria 1834 em Maputo e pela Kin ArtStudio em Kinshasa. DEP – DESENHO, ESCULTURA, PINTURA: Exposição colectiva de Desenho, Pintura e Escultura de Bata, Carmen Maria, Celestino Mudaulane, Ídasse, Ndlozy, Pekiwa, Saranga, Simione com curadoria de Filipe Branquinho, de 15 de Setembro a 30 de Novembro 2020, Sala de exposições e Jardim do CCFM. Encontro de oito artistas de diferentes gerações e disciplinas que representam a criatividade e inventividade das artes plásticas Moçambicanas. A escolha dos artistas e das obras, da responsabilidade do curador Filipe Branquinho, cruza os diferentes universos dos artistas na tentativa de criar uma coerência estética e narrativa. SE ME QUISERES CONHECER – UMA REFLEXÃO FOTOGRÁFICA ENTRE DOIS MUNDOS: Exposição de Fotografia de Ricardo Franco com curadoria de Miguel Rego, de 10 de Março a 30 de Março 2020 e de 21 de Julho a 21 de Agosto 2020. Esta exposição pretende contar a história de oito empregas domésticas. Submergindo nos seus contextos pessoais (na sua casa, no bairro) e profissionais (em casa do patrão, na cidade), quer dissecar aquilo que os une e aquilo que os separa. As empregadas como que nos pegando pela mão, vão abrindo portas para conhecermos diferentes dimensões de um mesmo espaço geográfico. Com as fotos, o autor desafia o espectador a conhecer as histórias e sonhos de cada personagem. AQUILO QUE O CORPO JÁ ESQUECEU: Exposição de Escultura de Luís Santos com curadoria de Sara Carneiro, de 01 de Outubro a 13 de Dezembro 2019, Sala de exposições do CCFM. Primeira exposição individual do artista plástico Moçambicano Luís Santos que apresenta a linha de produção de escultura por si realizada no ano que antecede a exposição. Numa constante exploração de formas e linhas, influenciado pelos elementos naturais e arquitectónicos que o rodeiam, o artista constrói organismos complexos que se estendem, cruzam, multiplicam, fecham e pulsam.  

Contactos

Website: http://www.ccfmoz.com/ Email: info@ccfmoz.com Telefone: 21 314 590 Endereço: Av. Samora Machel, no. 468, Maputo, Moçambique  

Redes Sociais

Facebook: https://web.facebook.com/CentroCulturalFrancoMocambicano/ YouTube: https://www.youtube.com/c/CentroCulturalFrancoMo%C3%A7ambicano Instagram: https://www.instagram.com/_ccfmoz/